O que é Design Thinking e para que serve? - Ale Borges - Web | Designer Gráfico
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O que é Design Thinking e para que serve?

O design thinking é uma abordagem inovadora de resolução de problemas que pode ser aplicada nas mais diversas áreas. Afinal, o design vai muito além da estética.

Já imaginou departamentos corporativos e o criativo juntos? Essa união não só é possível como é muito benéfica para os métodos de trabalho. Neste artigo, temos:

  • o que é design thinking
  • quem inventou o conceito de design thinking
  • como o design thinking e a experiência do usuário se encontram
  • porque design thinking é conhecido como uma abordagem e não um método
  • quais são os 3 pilares do design thinking
  • quais são os 5 princípios do design thinking
  • qual é o objetivo principal do design thinking
  • quais as vantagens do design thinking
  • onde o design thinking pode ser usado
  • exemplos de aplicação

 

O que é design thinking?

Segundo os autores Luiz Bonini e Roberto Sbragia, o design thinking é um processo de geração de ideias com foco na resolução de problemas de negócio, em um grupo multidisciplinar e colaborativo.

Apesar de a palavra “design” rapidamente nos remeter às peças gráficas e imagens bonitas, vários especialistas já definiram o termo como um modo de pensar, um esforço criativo.

O professor Herbert A. Simon, por exemplo, escreveu o seguinte na década de 60: “é designer todo aquele que desvia cursos de ação com o objetivo de transformar situações existentes em preferidas”.

É a partir desse ponto de vista que o conceito de design thinking surgiu mais tarde. Trata-se de uma abordagem humanizada, focada em resolver problemas e satisfazer clientes, que têm sido utilizada nos mais diversos segmentos.

Quem inventou esse conceito?

Foi Tim Brown, CEO e sócio da IDEO (Global Design & Inovation Company) — uma das maiores consultorias de design no mundo. Designer por formação, Brown e David Kelley, professor de Stanford e fundador da IDEO, foram responsáveis pela formulação do design thinking.

O conceito ganhou notoriedade quando Tim Brown palestrou sobre o assunto no evento anual do TED em 2009 (video abaixo). Durante o TED “Designers – Pensem Grande”, o CEO afirmou:

“As necessidades humanas são o ponto de partida. A metodologia de design thinking rapidamente passa a aprender criando. Ao invés de pensar no que construir, construir para pensar. Protótipos aceleram o processo de inovação. Porque apenas quando liberamos nossas ideias para o mundo começamos a compreender suas forças e fraquezas. Quanto mais cedo fizermos isso, mais rapidamente nossas ideias vão evoluir”.

 

Como o design thinking e a experiência do usuário se encontram?

Quando o assunto são os meios digitais — onde as pessoas se conectam a todo momento — é preciso considerar os aspectos que podem gerar uma boa conexão com o público-alvo. Esse cenário é, então, perfeito para que o design thinking e a experiência de usuário se encontrem!

O UX Design — sigla para User Experience Design, ou seja, Design da Experiência do Usuário — tem como foco criar layouts que priorizem o bem-estar do público-alvo, tornando sites, blogs e sistemas mais agradáveis para os usuários.

Essa preocupação é essencial para empresas que desejam conquistar e engajar mais pessoas às suas marcas.

 

Por que é conhecido como uma abordagem e não um método?

O design thinking é uma abordagem e não um método porque, apesar de conter etapas, é adaptável a cada empresa e, mais particularmente ainda, a cada projeto. Pode ser utilizado para solucionar questões diferentes e de ramos de atuação distintos, e não tem regras a serem seguidas, apenas boas práticas flexíveis.

É como se fosse a união entre mindset e plano de ação. Ou seja, o repertório criativo e visual se combinam para resolver problemas desde a criação de sites e aplicativos até o desenvolvimento de campanhas digitais ou novos produtos/serviços da marca.

O objetivo dessa abordagem é alcançar o objetivo final sem deixar a criatividade e a empatia de lado. Ou seja, a sensibilidade é o ponto de encontro, o match entre essas estratégias digitais.

 

Quais são os 3 pilares do design thinking?

O design thinking está ancorado em três pilares principais. São eles:

  1. empatia: consiste em olhar para o problema com os olhos de quem o está vivenciando. No caso de um projeto, significa se colocar no lugar do público
  2. colaboração: a abordagem também considera a união de profissionais de diferentes áreas para gerar as melhores ideias
  3. experimentação: o design thinking não é algo teórico, mas prático. Por isso, ele inclui uma fase de testes, para verificar o que foi pensado anteriormente

 

Quais são os 5 princípios do Design Thinking?

O design thinking parece meio abstrato. Por isso, muitas pessoas ficam na dúvida quanto à aplicação prática dessa abordagem. Mas ao seguir algumas etapas fica mais fácil entender o conceito e ver seus resultados. Confira as cinco fases:

 

1. Empatia

Lembra que falamos da empatia? Ela é a primeira etapa e é uma das mais importantes, pois é onde você se coloca no lugar do seu público-alvo. Pesquise tudo sobre ele, quais seus interesses e suas prioridades em relação ao projeto que você está criando.

Neste momento, traçar um mapa da empatia pode ser de grande ajuda. Assim, você entenderá não só o perfil da persona como outras informações mais aprofundadas, a exemplo das dores, dificuldades e expectativas.

Dados como esses ajudam você a entender como se conectar ao público com mais facilidade, encontrando as soluções mais adequadas sem cometer equívocos.

 

2. Definição

Com base nas informações adquiridas na fase da empatia, é preciso definir qual o problema principal a ser resolvido, bem como os secundários. Na fase da definição, considere as dores da persona para elencar prioridades e saber com quais questões lidar de agora em diante.

 

3. Ideação

Agora que você já sabe quais problemas resolver e quais os motivos por trás de cada um deles, chegou a hora de pensar nas soluções. A fase de ideação nada mais é do que o momento de brainstorming, em que a equipe se une para encontrar o melhor caminho a seguir.

Como ainda não é a etapa prática, as ideias podem surgir a todo vapor. Este é o momento de liberar a criatividade, sem medo de errar.

 

4. Prototipação

É a fase em que as ideias passam a tomar forma e ganham vida.

Por exemplo: uma landing page (página para captação de leads), antes de ficar 100% pronta, passa pela etapa de wireframe (uma espécie de “rascunho”) e depois pela fase de MVP (Minimum Viable Product ou Menor Produto Viável).

Nesse formato, a página é criada apenas com os atributos essenciais para seu funcionamento. Porém, ainda não é sua versão final. Ela pode passar por melhorias.

 

5. Testes

Aqui os protótipos são colocados à prova para que você encontre todas as lacunas abertas e saiba exatamente o que melhorar. A ideia nessa fase é tornar a interação da pessoa completamente intuitiva, gerando mais conversões.

 

Qual é o objetivo principal do Design Thinking?

O design thinking tem como uma de suas colunas principais a experiência do usuário. Portanto, o cliente estará sempre em primeiro lugar — sendo um dos principais motivos para utilizar a abordagem. Lembre-se: um usuário satisfeito está cada vez mais próximo de finalizar a conversão.

 

Quais as vantagens do Design Thinking?

Existem vários exercícios, dinâmicas e ferramentas que podem ser usadas no design thinking para encontrar soluções inovadoras em projetos. As principais são:

  • mapa da empatia
  • mapa mental
  • brainstorm
  • pesquisa
  • prototipagem
  • storyboard
  • encenação
  • mural de ideias

 

Onde o Design Thinking pode ser usado?

Talvez você esteja se perguntando se esse tipo de abordagem é indicado apenas para as grandes empresas. Mas a boa notícia é que todas as corporações, independentemente do porte e do nicho de atuação, podem utilizar o design thinking para aumentar a assertividade dos seus projetos.

 

Exemplos de aplicação

O design thinking é uma ótima opção para trazer inovação aos negócios e estimular a criatividade dos colaboradores. Ele permite que você tenha uma boa vantagem competitiva em relação às outras empresas do mesmo setor.

Veja abaixo algumas situações comuns, nas quais podemos aplicar o design thinking:

Conteúdos: Aplicar o design thinking na produção de conteúdo nos ajuda a entender melhor quem é o público-alvo, como ele tem se comportado, quais as mídias que ele consome, a sua linguagem e seu entendimento sobre determinado assunto. Com isso em mente, é possível produzir um conteúdo mais interativo, visual e funcional para o público.

Branding: Ter uma marca relevante e fazer um bom branding tem tudo a ver com design thinking. É preciso entender quem são as pessoas que interagem com a marca e têm potencial para se tornarem embaixadoras da empresa, antes de criar boas experiências para elas.

E se o seu objetivo é se posicionar no mercado, essa ferramenta se faz ainda mais necessária para entender como as outras pessoas enxergam sua marca.

 

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Fonte (adaptado):
agenciamestre.com